terça-feira, 31 de maio de 2011

BOGOTÁ

 Catedral Prima, na Praça Bolívar, Bogotá

Praça Bolívar

Logo pela manhã, fomos explorar a cidade. Bogotá é cosmopolita, colonial e ao mesmo tempo moderna. Está localizada no centro do país a 2.630m de altitude, na Cordilheira dos Andes, e é o principal centro cultural e administrativo da Colômbia.

 Morro de Monserrate

Com 473 anos de história, a capital da Colômbia tem uma população com mais de 6 milhões de habitantes, o que a torna a quarta maior cidade da América do Sul, atrás apenas de São Paulo, Buenos Aires e Rio de Janeiro.

 Vista do centro histórico de Bogotá

Cumprindo o projeto de divulgação da Expedição, às 16h compareci à Embaixada do Brasil para uma reunião com o Setor Cultural. Fui atendido pelo Diplomata Daniel Figueiredo.

 Bairro Colonial de Candelaria

Imagens: Divulgação/Germán Montes

segunda-feira, 30 de maio de 2011

DESAFIOS ATÉ BOGOTÁ

Depois de um giro por Pasto, onde dormimos, e pela passagem por Cáli, rumamos à capital federal, Bogotá. A autopista pela qual seguimos cruzava o vale do Rio Cauca e nos presenteou com belíssimas fazendas e muitas plantações.

Resquícios de deslizamento na estrada rumo à Bogotá

Mas nosso prazer e alegria duraram pouco, menos de 100Km percorridos e começaram os desafios. Curvas e mais curvas, somadas à construção de umas das maiores obras de engenharia do país, dificultaram e atrasaram nosso destino. Depois de 440 km, chegamos às 10h da noite em Bogotá e fomos direto ao Hotel Ibis Museo, onde descansamos da viagem.
 Curvas? Que curvas?

domingo, 29 de maio de 2011

PIOR TRECHO ATÉ AGORA

Seguimos viagem via Popayán, com destino à Cáli. Paramos para abastecer o carro e aproveitamos para perguntar ao frentista sobre o caminho. Ele nos supreendeu ao dizer que percorreríamos 320Km em 8 horas.

Não acreditamos e rimos da média de 40 Km/h calculada por ele. Muitas curvas, precipícios e um tráfego intenso de imensas carretas, somados aos inúmeros buracos do pavimento, transformaram a estrada no pior trecho por onde passamos até o momento. Foi impressionante, mas demoramos nove horas para chegar à Cáli.

Muitas curvas e precipícios atrasaram nosso percurso até Cáli

Santiago de Cáli é a terceira maior cidade da Colômbia, com quase dois milhões e meio de habitantes. Ela está a 1000m de altitude e apresenta um delicioso clima tropical. Durante a noite, sua famosa brisa refresca toda a cidade. Passamos a noite no Hotel Obelisco.

sábado, 28 de maio de 2011

INGRESSANDO NA COLÔMBIA

Ainda hoje estávamos emocionados pela honra em conhecer tão importante figura do meio político e literário do Equador, o Dr. Jorge Salvador Lara, e pela gentileza com que nos recebeu.

 O arco-íris deu sua graça no nosso caminho até Pasto

Seguimos então ao norte, para ingressar à Colômbia. Depois de 230km cruzamos sem problemas a fronteira em Ipiáles e seguimos mais 90km até a cidade de Pasto, onde pernoitamos no Hotel Galerias.
 A linda cidade de Pasto na Colômbia

Situada em uma região agrícola, a cidade atua como centro comercial e distribuidor de mercadorias entre o Vale do Anca e o Equador através da Carretera Panamericana. 
 Catedral da cidade de Pasto

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O CENTRO DE QUITO

A Basílica da cidade pode ser vista ao longe

Aproveitamos o feriado em Quito para filmar o Centro Histórico da cidade, o maior e mais preservado das Américas, com 320 hectares. Entre seus fascínios estão inúmeras igrejas, conventos coloniais, capelas, praças, museus e a interessante arquitetura do começo do século XX. Desde 1978, o Centro é considerado o Primeiro Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO.
O Palácio Presidencial à direita e a Catedral ao fundo

Durante a tarde, fomos à casa do Historiador Dr. Jorge Salvador Lara, que nos brindou com o seu último título publicado, “Historia de Quito”, em retribuição ao nosso presente no dia anterior, o livro “O Brasil através das Três Américas”.

Um magnífico presente recebido das mãos do historiador Dr. Jorge Salvador Lara

quinta-feira, 26 de maio de 2011

DESCOBERTAS E HOMENAGENS NO EQUADOR

Logo pela manhã, às 9h30, tive a primeira reunião do dia. O encontro com o Diretor da Biblioteca Nacional, Dr. Carlos Paladines, nos rendeu uma grande quantidade de descobertas, já que ele prontamente nos ofereceu acesso aos arquivos da Secretaria da Cultura. Assim, em meio às pesquisas e aos jornais antigos, encontramos várias notícias da passagem da expedição no ano de 1930.





 Os exemplares do jornal El Dia relatam detalhes sobre a passagem dos brasileiros.


Depois, durante a tarde, convidado pelo Prof. Dr. Jorge Salvador Lara, um dos mais influentes historiadores do Equador, compareci ao Palácio de Cristal - Centro Cultural Ithimbia - para a cerimônia de entrega de homenagens a ele e ao ex-Presidente da República do Peru, Arq. Dr. Sixto Duran, com quem conversei longamente sobre a Carretera Panamericana e a quem entreguei um exemplar do livro "O Brasil Através das Três Américas".

 Durante o evento, conversando com o famoso historiador Prof. Dr. Jorge Salvador Lara.

Jorge Salvador Lara é um político, diplomata e historiador equatoriano nascido em 4 de setembro de 1926. É o segundo filho de uma família de seis irmãos e, em sua infância perdeu a mãe e a irmã, vítimas da febre tifóide. Também doente, chegou a ter seu caixão construído, mas demonstrou uma enorme força de vida que o acompanhou durante toda sua história. 

Um escritor fervoroso desde cedo, apresentou diversas obras polêmicas à sociedade equatoriana. A partir dos anos 50, trabalhou como embaixador do Equador no Peru, sempre preocupado com a produção de diversos artigos que continuou a escrever. Viajante incansável, tornou-se conhecido no mundo inteiro por seu papel como diretor da Academia Nacional de História e pelo cargo de Presidente do Instituto Equatoriano de Geografia e História do Equador, que também preside. 

Após diversos cargos diplomáticos, candidatou-se a deputado e, ainda mesmo durante a década de 50 passou a publicar diversos artigos e obras sobre a história do Equador. Na década de noventa, no México, teve publicadas duas de suas principais obras: A História de Quito e Um resumo da história do Equador, ambos considerados como valiosas contribuições para a historiografia nacional.



O também homenageado ex-Presidente da República do Peru, Arq. Dr. Sixto Duran ouviu atentamente às histórias sobre a Expedição da Carretera Panamericana.


Sixto Alfonso Durán Ballén Cordovez foi presidente do Equador entre os anos de 1992 e 1996. Seu governo esteve marcado por fortes medidas econômicas, pelo começo da modernização do estado e de uma notória redução da inflação (de 60% para 24%) 

No que diz respeito ao meio ambiente, Sixto permitiu a abertura de diálogo com os povos indígenas e possibilitou a criação do FISE (Fundo Social de Emergência), que deu assistência a centenas de pequenas comunidades espalhadas pelo país. Também foi ele o responsável por criar uma Assessoria Ambiental a nível Presidencial, uma atitude que ajudou na rápida criação do Ministério do Meio Ambiente. 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

UM OUTRO DIA DE TRABALHO

Nesta quarta-feira, passamos a maior parte do dia na Embaixada do Brasil, onde graças à responsável pelo setor Cultural e Imprensa, Sonia Oliveira de Paredes, pudemos ter contato com os principais interessados na história da carretera. Em um gesto de apoio, Sonia dispensou boa parte da manhã em contatar os principais jornais do país, a Biblioteca Nacional e alguns historiadores.




Para completar o dia, almoçamos maravilhosamente bem no Ristorante Italiano “Il Risoto” e, logo após, voltamos para o Hotel, onde segui com os agendamentos de reuniões e com a divulgação da história dos heróis brasileiros.

terça-feira, 24 de maio de 2011

UM DIA CHEIO


No estacionamento do hotel onde descansamos por uma noite, tivemos a engraçada surpresa: Um Mini Cooper ao lado da nossa Excursion. Parecia até um brinquedinho!

O Mini Cooper parecia de brinquedo ao lado da nossa Excursion

Na cidade de Latacunga, deixamos a Carretera Panamericana e seguimos por uma estrada vicinal com impressionantes precipícios e lindas paisagens. Mais de duas horas de muitas curvas! Nosso destino era mais uma maravilha da natureza localizada no Equador: a Laguna Quilotoa, formada dentro da cratera de um vulcão. Suas águas são de um verde esmeralda intenso e indescritível! Ali, fizemos nossa primeira parada do dia.

Lago Quilotoa

Retornamos pela mesma vicinal, onde ao se aproximar da Panamericana, tivemos a visão do mais alto vulcão em atividade do mundo: o Cotopaxi, com 5.897 m, reinando absoluto na paisagem com seu manto de neve.

Vulcão Cotopaxi

 No final do dia, depois de 470 km de jornada desde Cuenca, chegamos à Quito. Demos entrada no Hotel Los Quipus e saímos para jantar no “Dos Argentinos”. Boa carne, bom vinho e boa conversa. O interesse pela história da Expedição rendeu horas de prosa com o dono do restaurante Raúl Enrique Gianfrini, que nos deu muitas indicações sobre a região.


A Nova Expedição ao lado de Raúl Enrique Gianfrini, dono do "Dos Argentinos"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

CENÁRIOS INCRÍVEIS até Ambato

 
 Bela paisagem na estrada de Cuenca à Ambato

Munidos de farta orientação turística, continuamos nossa viagem rumo ao norte. Depois de uma hora e meia disfrutando e seguindo pelos admiráveis cenários andinos da Carretera Panamericana, passamos pela Província de Cañar, onde está o mais importante complexo Inca do Equador: as Ruínas de Ingapirca. Localizadas a mais de 3 mil metros acima do nível do mar, as ruínas foram originalmente um templo de adoração ao Deus Sol. 

As vicunhas também faziam parte dos nossos cenários

No caminho, a majestosidade do pico nevado do Vulcão Chimborazo, com 6.310 m, também ficou gravada em nossas mentes e nos acompanhou até a cidade de Ambato, onde passamos a noite no Hotel Florida.

 Vulcão Chimborazo, o pico mais alto dos Andes equatoriais

domingo, 22 de maio de 2011

CUENCA - Equador

Seguindo a orientação do pessoal do Hotel Itália, onde nos hospedamos, fizemos um city tour pela cidade logo depois do café.

 
Estreita Rua de Cuenca

Cuenca foi fundada em 1557 e é a terceira maior cidade do Equador, com 600 mil habitantes. Situada nos Andes Equatorianos a 2.549 m de altitude, ela possui igrejas, museus e espaços que guardam toda a sua história. Mas é na sua arte e arquitetura que os estilos barroco, gótico e romântico se misturam, proporcionando uma verdadeira viagem no tempo. E é por isso que o centro histórico da cidade foi declarado recentemente Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.


Casa de Los Arcos



Universidade de Cuenca


Prédio da Corte Suprema


Catedral de La Inmaculada Concepcion

sábado, 21 de maio de 2011

CHEGANDO AO EQUADOR

 Vista do litoral da estrado de Piura (Peru) à Cuenca (Equador)

Com novas informações sobre o trajeto, mudamos nosso roteiro inicial e seguimos ao Equador pela “Ruta Del Sol”, onde percorremos 320 km até entrarmos sem problemas no país.

Fizemos os trâmites fronteiriços em Huaquillas e seguimos até Machala, no sudoeste equatoriano. As diferenças do clima e da vegetação entre os dois países são incríveis. No Peru, passamos mais de dois dias cruzando desertos, já no Equador, encontramos uma densa floresta, que reveste 230 km de montanhas pelo caminho até a cidade de Cuenca.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

TRUJILLO E PIURA

Grandes dunas na estrada de Lima para Trujillo

De quinta para sexta, dormimos no Hotel El Golf na cidade de Trujillo, capital da região La Libertad do Peru. A capital foi fundada em 1534 e batizada com este nome em homenagem à Trujillo na Espanha, cidade natal de seu fundador Don Diego de Almagro.

Hotel El Golf em Trujillo

Logo pela manhã, reabastecemos nossa despensa e seguimos para o norte com destino à Piura. Foi mais um dia de muita quilometragem: 420 km até chegarmos a uma das mais importantes cidades do Norte do país.

Pôr do sol na estrada de Trujillo para Piura


A nova expedição a caminho de Piura

Com cerca de 380 mil habitantes, Piura foi a primeira cidade fundada pelos espanhóis no Peru em 1532. Ao chegarmos, encontramos um trânsito frenético, com ‘milhões’ de táxis e tuc-tucs, transportes de 3 rodas. Eles se metiam por todas as partes e tocavam as buzinas sem parar. Uma hora depois dessa loucura, já estávamos no Hotel Los Portales para descansar.


Hotel Los Portales

quinta-feira, 19 de maio de 2011

CONFERÊNCIA NO PERU

Flyer da Conferência de Beto Braga em Lima
Na quinta-feira, a conferência começou no horário planejado, ao meio dia e meio. Apresentei para a imprensa peruana a história da Carretera Panamericana e dos seus três expedicionários, além de tratar sobre a Nova Expedição ainda em curso.


Beto Braga durante a apresentação

Depois da conferência, já partimos para Trujillo, no litoral norte do Peru. A rodovia Panamericana, pela qual viajamos 540 km até nosso destino, acompanhou o Oceano Pacífico em grandes retas e planícies, além de cruzar um interminável deserto.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

VISITA À EMBAIXADA EM LIMA

Depois de um final de semana de passeio e distração, hoje logo pela manhã, segui para a Embaixada do Brasil em Lima. Lá, fui recebido pelo Diplomata Bruno Miranda Zétola, Chefe de Assuntos Culturais, que disponibilizou toda estrutura de sua assessoria de imprensa para nos ajudar na divulgação da história dos heróis brasileiros. Além disso, Bruno contatou o Ministerio de Relaciones Exteriores Del Peru, que representado pelo Prof. Mario Granda, programou uma conferência no Centro Cultural Inca Garcilaso. 

Diplomata Bruno Zétola recebe o livro "O Brasil Através das Três Américas"

Nos dois dias seguintes, enquanto esperávamos pela conferência, fizemos buscas pelas antigas edições do periódico El Comercio e contatos com o Historiador Juan Luis Orrego Penago, professor na PUC del Peru.

domingo, 15 de maio de 2011

MUSEU NICOLINI

O dia começou bem com um delicioso almoço no conhecido restaurante Bottega de La Trattoria. Em seguida, fomos conhecer a principal coleção de carros antigos do Peru, abrigada no Museu Nicolini, que atualmente detém 125 automóveis restaurados e já possui mais de 20 peças esperando para serem incorporadas ao seu acervo.

 Família Braga no Museu Nicolini

Entre as muitas raridades existentes lá, o museu possui 3 exemplares únicos no mundo: um Pierce-Arrow limusine de 7 lugares, fabricado em 1937, um americano Stutz ano 1928, construído pela THGill & Son na Inglaterra, e o incrível Vanderer Tanden 1915, marca que forma um dos aros do logo da Audi.

Se você quiser conhecer mais sobre estes e outros carros do museu, pode assistir a matéria abaixo de um programa peruano sobre esportes.

 
Matéria do Programa AutoMundo sobre o Museu Nicolini

sábado, 14 de maio de 2011

A CAPITAL PERUANA

Hospedados no confortável e bem localizado Hotel San Isidro Inn, dormimos até o meio dia. Saímos para almoçar e fomos surpreendidos com a beleza de Lima, que mesmo com seus 10 milhões de habitantes, um terço da população do Peru, ainda é muito bem cuidada.

Lima conta com 476 anos de história, fundada precisamente em 18 de janeiro de 1535 como a Cidade dos Reis. Ela é o centro da economia e política do país e concentra bem mais do que a metade da indústria, metalurgia, construção naval e comércio do país.

Centro Histórico da cidade

A arquitetura da época da colonização espanhola e seus prédios monumentais convivem com a modernidade dos novos bairros. Sua orla marítima, com um belo circuito de praias, completa a beleza da cidade.

Circuito de praias da capital peruana

À noite, saímos para um giro pela avenida das praias, onde conhecemos os bairros de San Isidro, Miraflores e Barranco, ponto agitado, com inúmeros bares, restaurantes, casinos e baladas. 

Miraflores, distrito de grande movimento comercial e cultural de Lima

sexta-feira, 13 de maio de 2011

AS LINHAS DE NASCA

Cordilheira de Puquio à Nasca 

Logo pela manhã, depois de uma noite revitalizadora, continuamos rumo a Nasca. Viajamos por 190 km até Puquio, cidade no centro de Peru e, em seguida, fomos surpreendidos pelas mais impressionantes imagens que a Cordilheira dos Andes poderia proporcionar aos viajantes. Além disso, também enfrentamos a pista mais arriscada entre todas as estradas por onde cruzamos até agora.

 Curvas muito fechadas exigiram atenção redobrada dos viajantes

Curvas acentuadas e precipícios marcaram toda nossa travessia, porém, após 165 km de pura adrenalina, chegamos à Nasca, onde pudemos almoçar tranquilamente. Ainda no mesmo dia, depois de um breve descanso, fomos conhecer um importante ponto turístico da região, as famosas Linhas de Nasca.

 Vista aérea das Linhas de Nasca


As Linhas de Nasca são artigas marcações criadas pela civilização Nasca, entre 400 e 650 d.C. Elas foram desenhadas no chão do deserto ao sul do Peru e estão relacionadas à religião deste povo.

 Linhas de Nasca

O pôr do sol aumentou a beleza das incógnitas marcações feitas pela antiga civilização. Mesmo faltando 450 km até Lima, decidimos seguir viagem e dormir na Capital, onde chegamos às 23 horas.

 Pôr do Sol na cidade de Nasca